segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

PdC - Dezembro de 2011




Editorial

Antonio Capelesso

Como já tivemos ocasião de refletir em números anteriores, a Igreja está fortemente convencida da necessidade de uma nova evangelização. A recente criação do Pontifício Conselho para a promoção da nova evangelização e a convocação do próximo Sínodo dos Bispos para aprofundar “a nova evangelização para a transmissão da fé cristã” o atestam claramente.

Ousar novos caminhos
Os Lineamenta para o próximo Sínodo sublinham a «coragem de ousar novos caminhos, diante das novas condições em que vivemos» (n. 5), além da necessidade de um «estilo ousado» e de «saber ler e interpretar os novos cenários que se criaram dentro da história humana, nessas últimas décadas, para entrar neles e transformá-los em lugares de testemunho e anúncio do Evangelho» (n. 6), e a necessidade de mostrar que «a perspectiva cristã ilumina de modo inédito os grandes problemas da história» (n. 7).

O Documento de Aparecida afirma que «a Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração» (DAp, n. 159). Diante disto nos perguntamos qual a razão de muitas comunidades cristãs hoje não estarem exercendo essa atração. Na verdade, percebemos que uma porção sempre maior de pessoas não consegue mais crer em certas imagens de Deus que apresentamos e manifesta seu desagrado para com a Igreja. Diante disto, precisamos nos questionar sobre o que há em nós mesmos que não os atrai.

Atrair para Cristo
O mesmo Documento de Aparecida nos ilumina afirmando que «a Igreja “atrai” quando vive em comunhão, uma vez que os discípulos de Jesus serão reconhecidos se se amarem reciprocamente como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34».
Em plena sintonia com a eclesiologia de comunhão do Concílio Vaticano II, hoje se acentua mais o mandato missionário contido no Evangelho de João, no qual Jesus nos assegurou que nos reconhecerão como seus discípulos, se nos amarmos reciprocamente (cf. Jo 13,35). Além disto, Jesus pediu ao Pai de fazer-nos partícipes da mesma comunhão que constitui a vida de Deus «a fim de que o mundo creia» (Jo 17, 21.23).

O Verbo, Maria e o Espírito
Na plenitude dos tempos o Verbo de Deus se fez carne, pelo sim de Maria e pela ação do Espírito Santo. Neste novo ano teremos ocasião de aprofundar a importância da Palavra de Deus em nossa vida, a partir da experiência de Chiara Lubich e suas primeiras companheiras. Deveremos também aprofundar que fomos criados em Cristo e que somente nos “perdendo” nele, por amor, realizaremos plenamente o desígnio de Deus sobre nós.
O artigo de Giuseppe Petrocchi, apresentado neste número, nos fará entender que também hoje o Verbo deve fazer-se “carne” e que para isso Ele necessita do sim de Maria, prolongado pela Igreja e da ação do Espírito Santo.

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